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Série ‘Conheça a nossa categoria’: Leandro Duarte Ferreira

🔎A série “Conheça a nossa categoria”, uma iniciativa da CIS da UFPR em parceria com o Sinditest, segue dando visibilidade aos cargos que compõem a carreira das técnicas e dos técnicos administrativos em educação.

📖Hoje vamos conhecer, através da entrevista com o colega Leandro Duarte Ferreira, um pouco mais sobre o dia a dia dos/das auxiliares de biblioteca. Confira!

Qual é a sua formação profissional?

Leandro Duarte Ferreira: Licenciatura em Educação Física (2005 / PUCPR); Especialização em Hotelaria, Eventos e Gastronomia; Técnico em Massoterapia (2013 / IFPR).

Quanto tempo você atua no cargo na Instituição?

Leandro Duarte Ferreira: Assumi o cargo de Auxiliar de Biblioteca da UFPR em 09 de março 2011.

Como é a rotina na sua Unidade de lotação?

Leandro Duarte Ferreira: Cadastro de usuários. Guarda e organização de livros, teses, dissertações, monografias e periódicos integrantes do acervo.

Quais as principais atividades que no seu dia a dia são fonte de satisfação profissional e quais são as principais fontes de frustração?

Leandro Duarte Ferreira: Tenho grande satisfação em realizar minhas atividades, principalmente as que envolvem atendimento aos usuários. Uma de minhas frustações é o excesso de burocracias.

Como sua função/atividades se relacionam com o cotidiano da instituição?

Leandro Duarte Ferreira: Facilitando o acesso ao conhecimento, através de consultas e empréstimos dos materiais do acervo da biblioteca.

Qual é a importância que você atribui ao desenvolvimento do seu trabalho?

Leandro Duarte Ferreira: Somos facilitadores do acesso ao acervo. Auxiliando professores, alunos, servidores e comunidade externa da UFPR na busca pelo conhecimento.

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Série ‘Conheça a nossa categoria’: Cristiane Lopes

A série “Conheça a nossa categoria”, uma iniciativa da CIS da UFPR em parceria com o Sinditest, retorna após uma breve pausa trazendo a entrevista de Cristiane Lopes, Assistente em Administração na Universidade Federal do Paraná. Nossa colega, que atualmente está lotada no departamento de Psicologia, nos conta, nas linhas a seguir, um pouco do seu dia a dia e compartilha com as leitoras e com os leitores os desafios e as alegrias da profissão. Confira!

Qual é a sua formação profissional?

Cristiane Lopes: Sou graduada em Letras, aqui pela UFPR. Antes de entrar na universidade trabalhei 15 anos em uma empresa pública, nas áreas de atendimento, de captação de recursos humanos e treinamento.

Quanto tempo você atua no cargo na Instituição?

Cristiane Lopes: Ingressei como técnica na UFPR em julho de 2017. A maior parte desses quatro anos trabalhei em coordenação de curso de graduação e estou há 10 meses no Departamento de Psicologia.

Como é a rotina na sua Unidade de lotação?

Cristiane Lopes: Ainda estou me familiarizando com todas as atividades do departamento (mudei de unidade no meio da pandemia e ainda não aprendi tudo) mas o que fazemos, basicamente, são as rotinas administrativas da unidade, como secretariar reuniões, controlar os bens patrimoniais da unidade, compras, tarefas relativas a concurso para contratação de docentes, auxiliar na distribuição de carga horária docente, apoiar os professores na rotina burocrática que faz parte da pesquisa, do ensino e da extensão, atender os alunos do curso e também a comunidade externa.

Quais as principais atividades que no seu dia a dia são fonte de satisfação profissional e quais são as principais fontes de frustração?

Cristiane Lopes: Nenhuma atividade por si só é fonte de satisfação para mim. A satisfação vem quando vejo que meu trabalho resultou em algo positivo e relevante para a comunidade. O que me frustra é a burocracia excessiva de alguns processos, e a falta de compreensão de muitos docentes sobre funcionamento da universidade e do serviço público.

Como sua função/atividades se relacionam com o cotidiano da instituição?

Cristiane Lopes: Estão diretamente relacionadas. A maior parte das minhas tarefas são necessárias para que um professor possa ministrar suas aulas.

Qual é a importância que você atribui ao desenvolvimento do seu trabalho?

Cristiane Lopes: Considerando a forma como a universidade se organiza hoje, acredito que trabalho do assistente em administração dentro de um departamento é extremamente importante. Para que um professor possa estar efetivamente em sala dando aula, seja presencial ou a distância, há vários passos que dependem de quem executa as tarefas administrativas.

Série ‘Conheça a nossa categoria’: Sabrina Brüne

A série ‘Conheça a nossa categoria’, promovida pela CIS/UFPR em parceria com a Coordenação de Educação do Sinditest, está de volta. Desta vez, o projeto traz visibilidade aos relatos das técnicas e dos técnicos administrativos em educação que ocupam cargos de Assistente de Administração, Auxiliar de Administração e Auxiliar de Biblioteca.

“Conhecer e entender a nossa carreira ajuda a aumentar a empatia e a admiração não apenas pelos nossos fazeres diários, mas também pelo trabalho desempenhado pelos(as) colegas. E o mais interessante é que cada um possui uma experiência, que varia de acordo com o ambiente organizacional em que atuam, cada um com as suas particularidades”, ressalta Elis Regina Ribas, presidente da CIS.

Para inaugurar esta nova temporada, trazemos a entrevista de Sabrina Brüne, Assistente em Administração na UFPR Palotina, cargo preponderante em todas as atividades que perpassam o dia a dia das universidades, essencial para o pleno funcionamento das engrenagens que regem as instituições.

Na UTFPR os(as) Assistentes em Administração representavam em dezembro de 2020 46,35% da força de trabalho dos(as) TAES. Na Unila, em março de 2021 o mesmo cargo correspondia a cerca de 42% entre todos os cargos ocupados pelos técnicos e técnicas. Na UFPR nossos colegas ocupam, segundo dados de julho de 2021, cerca de 19,57% da força de trabalho representada pela nossa categoria.

Confira nas linhas a seguir um pouco do dia a dia da função:

1) Qual é a sua formação profissional?

Sou graduada em Secretariado Executivo Bilíngue.

2) Quanto tempo você atua no cargo na Instituição?

Estou na Universidade há 11 anos, no cargo de Assistente em Administração (nível D). 

Desde 2018, estou lotada na Seção de Expediente, na posição de chefe da seção.

3) Como é a rotina na sua Unidade de lotação? (compreendemos que rotinas de caráter sensível e sigiloso não precisam ser mencionadas).

Minhas principais funções são: assessorar os diretores do Setor, secretariar o Conselho Setorial e instrumentalizar os processos que precisam de apreciação nesta instância.

Além disso, eu auxilio no controle e emissão de portarias de comissões, comitês e bancas, presto assessoria nos processos eleitorais para os diversos cargos do Setor, redijo documentos oficiais, ofícios, editais e providencio as publicações também nos meios eletrônicos.

Oriento os servidores em procedimentos diversos, fornecendo resoluções e auxílio ao sistema e também ajudo nas publicações do Setor nas redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter).

4) Quais as principais atividades que no seu dia a dia são fonte de satisfação profissional e quais são as principais fontes de frustração?

O trabalho secretarial costuma ser mais rotineiro e por essa razão é uma das tarefas menos dinâmicas dentre as funções que exerço.

Porém, com a pandemia, a gestão dos documentos passou a ser 100% online, o que flexibilizou e agilizou as rotinas.

Sinto-me muito satisfeita profissionalmente fazendo parte do quadro administrativo da Universidade. 

Eu nasci e cresci em Palotina e sempre acompanhei o envolvimento da UFPR com ações positivas de desenvolvimento do município. 

Em tempos recentes, pudemos testemunhar como a UFPR se envolveu nas ações de combate a COVID-19 e tenho muito orgulho de poder participar disso.

5) Como sua função/atividades se relacionam com o cotidiano da instituição?

Acredito que a Seção na qual estou lotada atua como um ponto de intersecção entre as várias unidades do Setor. Os principais fluxos de comunicação passam pela minha unidade seja para encaminhamentos, seja para apreciação do Conselho Setorial, que é a instância máxima de decisão local.

Além disso, minha seção mantém canal aberto de comunicação e de fluxo de processos com as Coordenações de Curso, com os Departamentos, com o Financeiro e com outras unidades do Setor que são chaves para uma gestão eficiente da Direção.

6) Qual é a importância que você atribui ao desenvolvimento do seu trabalho?

Acredito que falo também pelos meus colegas que me precederam neste cargo que as funções exercidas são imprescindíveis para o bom andamento do Setor.

Gerenciamos uma quantidade considerável de processos e de informações cujo bom andamento é pré-requisito para que toda a gestão do Setor seja eficiente.

Projetos de extensão e os Técnicos Administrativos em Educação

tae e extensão

Os técnicos dos museus da UFPR (MAE, MCN, MusA) enviaram no último mês um dossiê para a PROEC no qual solicitaram uma reavaliação da Resolução 57/2019 – CEPE, no que concerne a orientação de bolsistas dos projetos e programas de extensão. Na última semana a técnica Bruna Marina Portela, Historiadora do Museu de Arqueologia e Etnologia – MAE (quem encaminhou o dossiê), a representação da Comissão Interna de Supervisão da Carreira dos Técnicos – CIS, e demais técnicos responsáveis por desenvolver projetos de extensão em outros setores e unidades da instituição, puderam expor sobre suas atuações na Extensão em reuniões com o Comitê Assessor de Extensão – CAEX e com a Procuradoria Federal junto à UFPR, nesta última contando também com a presença do representante técnico junto ao Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão – CEPE, Valter Maier. Nas duas ocasiões as representantes da CIS, Elis Regina Ribas e Melissa Vicentini, puderam reforçar aos presentes que não apenas os técnicos lotados nos museus, mas também os demais técnicos de diferentes cargos e lotações contribuem para a excelência das atividades de extensão na UFPR. Esteve presente também o Técnico em Assuntos Educacionais, Rafael Policeno, do campus Jandaia, que relatou em ambas as reuniões que desenvolve projetos extensionistas e que é uma incoerência não poder orientar discentes. Rafael é membro do comitê de extensão no seu Campus, assim como o são outros colegas nos mais diversos setores e campi da universidade. O técnico Thiago Rafael Mazzarollo, Tradutor Intérprete de Linguagem de Sinais do Campus Toledo, esteve presente na reunião junto ao CAEX e expôs sua experiência como orientador de estudantes nos projetos de Extensão. Todas experiências de grande relevância para a formação de nossos estudantes e das comunidades onde foram planejadas para serem executadas as atividades.

Sabemos que somos muitos e produzimos projetos de excelência e gostaríamos que a Gestão da UFPR reconhecesse nossa atuação em programas e projetos de Extensão, os quais são desenvolvidos e executados pelos técnicos proponentes e que vinham sendo aprovadas e bem avaliados pelos comitês da Pró-Reitoria de Extensão (PROEC). Como afirmou Rafael – “Esperamos que a autonomia intelectual dos TAE para desenvolver e executar projetos de pesquisa e extensão seja acolhida e reconhecida pela Instituição”.

PESQUISA SOBRE O TRABALHO REMOTO

A CIS vem divulgar a importante pesquisa que está sendo realizada pelo Sinditest-PR, para saber a opinião das/dos TAE-UFPR sobre o trabalho remoto no período da pandemia e a IN65.

São 35 questões que levam apenas 6 minutos e nos permitirá embasar a discussão sobre ações que visem a implementar, parcial ou totalmente, o teletrabalho e que potencialmente modificam a maneira como podem ser executadas as atribuições dos cargos que são definidas no PPCTAE.

A divulgação é parte da cooperação da Comissão com o Sindicato nos assuntos referentes ao Plano de Carreira dos Cargos Técnico Administrativos em Educação (firmado na Lei 11.091 de, 12 de janeiro de 2005).

Clique aqui para a pesquisa.

Carta aberta da CIS enviada em 10/agosto aos candidatos a reitor e vice-reitora 2020-2024

A Comissão Interna de Supervisão do Plano de Carreira dos cargos de Técnico Administrativos em Educação da Universidade Federal do Paraná – CIS-UFPR, enviou em 10 de agosto uma Carta Aberta aos/as candidatos/as que concorrem aos cargos de reitor e vice-reitora – gestão 2020-2024. Abordamos questões de interesse da nossa carreira e do papel preponderante da CIS na fiscalização das ações da Gestão no que concerne a carreira da nossa categoria.

Carta da CIS as chapas candidatas à Reitoria UFPR 2020-2024

 

Série “Conheça a nossa categoria”: Nathália Savione Machado

Apresentar à categoria as profissões que compõem o nosso plano de carreira e têm importante atuação no dia a dia da universidade. Este é o objetivo da série “Conheça a nossa categoria”, iniciativa promovida pelo Sinditest em parceria com a CIS UFPR. Na edição de hoje, trazemos a entrevista com a colega Nathália Savione Machado, Técnica em Assuntos Educacionais na UFPR. Há mais de uma década na instituição, a profissional compartilha a seguir o dia a dia na sua unidade de lotação. Confira!

Qual é a sua formação profissional?

Nathália Savione Machado: Sou Mestra em educação e novas tecnologias (Uninter 2018), Especialista em Gestão do trabalho pedagógico (Facinter, 2012) e Pedagoga (UEMG, 2008). Pesquisadora de projetos de pesquisa e extensão e atualmente Coordenadora de Políticas Afirmativas na Superintendência de Inclusão, Políticas Afirmativas e Diversidade – SIPAD.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/3496489253733066

Quanto tempo você atua no cargo na Instituição?

Nathália Savione Machado: Desde 20 dezembro de 2010 (10 anos e 4 meses).

Como é a rotina na sua Unidade de lotação?

Nathália Savione Machado: Até março de 2020 atuava na CIPEAD e minha função estava atribuída a orientação pedagógica de professores e técnicos para atuação na educação a distância ou híbrida. Desde que estou na SIPAD (10-03-2020), estamos no trabalho remoto, então compreendo que muitas das atividades tiveram que ser adaptadas e alteradas, mas posso dizer que todo dia é um novo dia, organizo reuniões com as diferentes equipes de diferentes projetos que temos.

Desde o ano passado estamos implementando formações para a área da diversidade, políticas afirmativas e inclusão. Ofertamos desde 2020 três cursos à distância em parceria com a Progepe, um curso de formação de estudantes bolsistas do PIBIS, e três ofertas do curso de preparação para a pós-graduação, o Pré-pós em que atuo na coordenação geral. Atuei na organização dos projetos, gestão das equipes, na coordenação pedagógica além de fazer todo o suporte técnico e customização na plataforma. Também organizamos um congresso nacional de pesquisadores/as negros/as que terá parte acontecendo semana que vem. Tenho atuado na infraestrutura e coordenação local do evento pela SIPAD. Todas essas atividades têm acontecido remotamente usando as plataformas síncronas disponíveis para reuniões, grupos de whats, plataforma da UFPR Virtual e UFPR Aberta, Teams, Trello, e outros aplicativos de suporte a gestão. Além de acompanhar o SEI, SIGA, sistema de frequência, homologação de pontos e outras demandas administrativas.

Além disso, tem outras demandas junto a área indígena, dos migrantes, quilombolas povos do campo, NEAB, orientação de bolsistas e estagiários e participação em aulas, palestras e eventos. São muitas atribuições, muitas demandas que precisam de um olhar atento e cuidadoso, conhecimentos e habilidades relacionadas a relações interpessoais, empatia, liderança, compreensão dos processos organizacionais.

Quais as principais atividades que no seu dia a dia são fonte de satisfação profissional e quais são as principais fontes de frustração?

Nathália Savione Machado: Gosto muito da parte formativa, de criar os cursos de formação, de estar a frente desses processos. Após passar pela gestão do Pré-pós recebemos vários feedbacks de ex cursistas aprovados em programas de pós, dou pulos de alegrias toda vez que recebo um feedback positivo. Me sinto completa pela troca com meus pares, com minhas colegas de trabalho que me apoiam e entram de cabeça nos desafios. Me frustra a falta de reconhecimento externo, a falta de estrutura, de suporte a gestão, de precariedade para atuação em algumas frentes. Na coordenadoria hoje, temos 4 linhas de frentes, 4 unidades, mas em 2 delas não temos técnicos dedicados para atuação ainda. Acabo assumindo muito do trabalho burocrático que não necessariamente está em minhas atribuições.

Como sua função/atividades se relacionam com o cotidiano da instituição?

Nathália Savione Machado: Não tenho uma função específica dentro da CPA/SIPAD, acabo atuando onde precisa e assumindo vários papeis de acordo com a demanda e vejo que cada uma das demandas que chegam são importantes e se relacionam com diferentes aspectos da UFPR. Apesar de estar na gestão da Coordenadoria, vejo que por ser técnica em assuntos educacionais tenho esse olhar atento as necessidades, tanto das demandas emergentes quanto das demandas da equipe. Não tem sido fácil, a pandemia escancarou muitas dificuldades em vários sentidos, tecnológicos, emocionais, de gestão dentre outras, mas cada vez mais vejo o quanto nós, técnicos em assuntos educacionais temos um papel essencial na universidade.

 Qual é a importância que você atribui ao desenvolvimento do seu trabalho?

Nathália Savione Machado: Acredito que o trabalho que fazemos na CPA/SIPAD é fundamental para a disseminação das políticas afirmativas na universidade. Meu trabalho, como técnica em assuntos educacionais e como coordenadora, acrescenta nessa área e creio que sou peça importante nesse processo. Creio que minha vinda para a CPA fortaleceu a frente formativa na modalidade a distância, e esta, vejo que foi uma importante contribuição neste momento de pandemia. Conheço bem os processos administrativos da universidade, tenho boa articulação com os servidores técnicos e docentes e conheço bem os sistemas e aplicativos que podem ajudar no trabalho, creio que estas características ajudam muito no desenvolvimento das ações. Ainda estamos nos fortalecendo enquanto coordenadoria e mostrando a que viemos, mas a SIPAD é fruto de uma luta coletiva, cada um e cada uma de nós exercemos um papel essencial na articulação das políticas e encaminhamento das demandas.

Série “Conheça a nossa categoria”: Rafael Policeno de Souza

A Coordenação de Educação do Sinditest em parceria com a Comissão Interna de Supervisão de Carreira (CIS/UFPR) apresenta a primeira série de entrevistas com colegas Técnicos Administrativos em Educação que atuam em dois dos cargos que compõem nosso plano de carreira e têm importante atuação no dia a dia da universidade. Os Técnicos em Assuntos Educacionais e os Pedagogos das universidades federais – UFPR, UTFPR e Unila.

 “Queremos que a comunidade acadêmica conheça quais são as diferentes ocupações e assim, ao compartilhar os saberes, pretendemos gerar empatia e solidariedade pelo trabalho desempenhado por diferentes membros da categoria das nossas instituições”, explica Elis Ribas, Coordenadora  da CIS/UFPR e do Sinditest.

“Fico muito feliz por esta série começar com as entrevistas de Técnicos em Assuntos Educacionais e Profissionais da Pedagogia, até mesmo por ser a carreira na qual me enquadro, mas principalmente pela possibilidade de percebermos a grande variedade de ações desempenhadas, permeando todos os ambientes da Universidade, desde a relação de ensino e aprendizagem, tão fundamental para a vida acadêmica dentro da universidade, até atividades envolvidas diretamente com a gestão e a organização da Universidade”, afirma Guilherme Ruthes, Coordenador de Educação do Sinditest.

As entrevistas serão publicadas no site do Sinditest sempre às terças e quintas-feiras. Acompanhe as nossas redes sociais e não perca as atualizações!

Conheça agora um pouco do que pensa e onde atua Rafael Policeno de Souza, Técnico em Assuntos Educacionais do Campus de Jandaia do Sul da UFPR. Há 3 anos na UFPR, Rafael é profissional licenciado e mestre da área de História. Atuou por 14 anos na iniciativa privada e foi por 5 anos professor do ensino básico da rede pública do Rio Grande do Sul.

Qual é a sua formação profissional?

Rafael: Carrego uma formação profissional bastante heterogênea: do chão de fábrica à supervisão comercial. Possuo mais de 14 anos como trabalhador celetista, além dos 5 anos (2013-2018) como professor do ensino básico da rede pública do RS. Em 2010 concluí a graduação de Licenciatura em História, (em 2018 concluí o mestrado em História pela UFRGS). No ano de 2013 ingressei no serviço público através de concurso para o magistério (séries finais do fundamental e ensino médio). Ao passar a me dedicar integralmente à educação, comecei a pesquisar sobre carreiras em que pudesse desenvolver outras valências profissionais para além do ensino básico. Foi então que me deparei com o cargo de Técnico em Assuntos Educacionais. Fiquei extremante empolgado com as atribuições do mesmo e passei a fazer todos os concursos possíveis.

Quanto tempo você atua no cargo na Instituição?

Rafael: Ingressei na UFPR em novembro de 2018.

Como é a rotina na sua Unidade de lotação?

Rafael | Como disse, entrei em exercício em novembro de 2018. Por não haver uma integração efetiva e não termos as atribuições do Técnico em Assuntos Educacionais observadas no emprego da força de trabalho, acabei sendo lotado na antiga Secretaria Acadêmica dos Cursos (hoje Unidade de Apoio Acadêmico). Me inteirei das rotinas administrativas e passei a executar, junto com a equipe, as atividades de apoio aos acadêmicos e às coordenações de curso (em fevereiro de 2019 passei a exercer a função de chefia da unidade, encargo que segue sob minha responsabilidade).

Após o breve recesso de final de ano, no início de 2019, apontei esforços em buscar adicionar às rotinas que possuo na unidade, atividades que estivessem contempladas nas minhas atribuições de cargo. Participei de comissões (recepção aos calouros), ofereci oficinas na semana de recepção, ingressei no Comitê Local de Extensão (desenvolvendo a política extensionista no campus e trabalhando como parecerista das propostas submetidas e analisando os relatórios das atividades realizadas). Ao longo do ano de 2019 fui proponente, e dividi iniciativas com outros colegas, de uma série de atividades extensionistas: eventos (um dia inteiro de mesas e palestras sobre e com as mulheres do campus e convidadas, algo inédito no campus;  cinedebate “Eu, Daniel Blake”, que objetivou colocar em perspectiva o desmonte das políticas públicas, em especial, às de previdência e seguridade social; roda de conversa: o dia da consciência negra; entre outras participações quando convidado por professores); curso de extensão (ministrei um curso de 20h, dividido em quatro encontros: “Papo cabeça: História, Cinema, Música e Literatura” que teve 24 inscritos, mas participação e presença efetiva de 8 alunos).

O nível de aproveitando do curso de extensão me fez pensar num projeto de extensão, aproveitando o mote principal da ideia do curso e ampliando o mesmo à comunidade local: instituições de ensino formal e não-formal.  Ao final de 2019 o projeto já havia passado pelos crivos do comitê local e do CAEX. Aprovado o projeto, o mesmo não foi colocado em andamento a partir da infeliz (me falta adjetivo mais apropriado) resolução do CEPE (Fev/2020) que definiu que os TAE (Técnicos Administrativos em Educação) podem coordenar projetos, porém, não orientar. Pelo tipo de projeto que tinha, significava que precisaria corromper minha autonomia intelectual e colocar, artificialmente, um colega docente (que não concebeu, tampouco, tenha construído a ideia do projeto). A tutela e subalternização imposta pelo documento do CEPE me fez declinar do projeto. Vale sublinhar que a súmula de atividades do meu cargo prevê, como uma das minhas atribuições, a orientação acadêmica.

Destaco que o cargo tem como pré-requisito a exigência de licenciatura. É uma violência à legalidade dos direitos e deveres aos quais fui investido quando da posse do cargo, configurando-se em grave erro institucional que desconsidera, ainda, minha formação e experiência docente de 5 anos de atuação na rede pública do ensino básico do RS.

Também cabe menção que, desde o início de 2020, a convite do professor Dr. Marcelo Valério, participo, como membro da equipe, do projeto de extensão CAFÉ.Doc (Coletivo de Apoio à Formação e à Experiência Docente), junto com a também professora Dra. Bárbara Braz. Inclusive, os resultados das “primeiras xícaras” do CAFÉ.Doc. foram apresentados no dia 10/03 no 9ª CBEU (Congresso Brasileiro de Extensão Universitária).

Com o término da gestão do Comitê Local de Extensão, em março do corrente ano, optei por não renovar o interesse de participação no mesmo. Apesar da experiência rica e do apoio do Comitê Local ao processo de tensionamento e luta por revisão da resolução que restringiu a participação dos TAE, entendi que permanecer no espaço seria como se eu estivesse compactuando com os desmandos e equívocos institucionais.

Quais as principais atividades que no seu dia a dia são fonte de satisfação profissional e quais são as principais fontes de frustração?

Rafael: Em geral, me sinto feliz e satisfeito quando vejo que estou contribuindo em qualquer situação de trabalho. O compromisso com o serviço público me coloca esta premissa. Contudo, sempre que estou conseguindo, minimamente, desenvolver reflexões e intervenções no Ensino, Pesquisa e Extensão (razão de ser do meu cargo e da própria universidade como um todo), sinto a realização da plenitude profissional.

As frustrações são os entraves institucionais para que a universidade consiga mobilizar toda a sua riqueza e diversidade laboral a fim de alcançar seus principais objetivos. Ora, nós não queremos que a universidade seja construída apenas para seu público mais imediato e para os que nela trabalham. Nós queremos que a universidade, enquanto construto social, possa alcançar a sociedade cada vez mais, estabelecendo uma relação orgânica com a mesma. Não a sociedade em abstrato, mas a sociedade que sabemos desigual, preconceituosa, racista, patriarcal, violenta e fragilizada pelo descaso de um país ainda preso a interesses de grupos privilegiados das classes abastadas.

Como sua função/atividades se relacionam com o cotidiano da instituição?

Boa parte desta resposta já aparece nas questões acima. Todavia, penso que por estar lotado na Unidade de Apoio Acadêmico, secretariar reuniões de alguns colegiados ajuda a estabelecer diálogos, (mesmo que muitas vezes informais), com os diferentes atores que compõem o campus em que trabalho. A Unidade de Apoio Acadêmico é local privilegiado para observar o fluxo da universidade, para perceber seus esforços e suas limitações. Durante este período de trabalho remoto, por exemplo, tivemos condições de ver os esforços para atender a complexidade de desafios que a pandemia nos impôs. Já, do ponto de vista da especificidade do meu cargo, por carecermos ainda, (nós, Técnicos em Assuntos Educacionais), de uma visibilidade e um “lugar” institucional, é necessário, constantemente, buscar estratégias para aproveitar as possibilidades de ouvir e de se fazer escutar.

Qual é a importância que você atribui ao desenvolvimento do seu trabalho?

Rafael: Mais do que a importância do meu trabalho em si, penso que a nossa defesa, que precisa ser intransigente, pelas prerrogativas profissionais dos Técnicos Administrativos em Educação, assim definido na lei federal 11.091/2005, nos garante já uma importância e uma tarefa enorme e irrecusável que temos em mãos. Essa nossa luta, o pleno desenvolvimento do nosso trabalho, pode contribuir para a democratização da universidade e, por conseguinte, para que a universidade avance ao encontro das necessidades sociais e dos desafios de desenvolvimento do nosso país.

Diferentemente do que tive o desprazer de ouvir de um docente, em reunião do CAEX, de que eles (docentes) “poderiam até ser generosos com os técnicos”… Não, não estamos pedindo nenhum favor ou suplicando “generosidade” de alguns que pensam ter recebido uma unção divina, transformando-se na representação do único e absoluto locus do saber universitário. Entendo que precisamos fazer valer a nossa identidade de Técnicos Administrativos em Educação.

Mais do que a diferenciação do nível de ingresso na carreira (C, D ou E), o que precisamos garantir é que a universidade faça uso da sua autonomia, premissa constitucional que precisa ser muito mais que um aspecto declaratório, que assuma na íntegra a sua vocação formadora, que olhe para o perfil e desenvolvimento formativo dos seus servidores técnicos, validando-os, independente do nível de entrada em que o mesmo ingressou.  Por isso, respeitando as especificidades de cada cargo, penso que nosso caminho é coletivo e sempre será o quê atribuirá importância ao desenvolvimento de nosso trabalho.

Série “Conheça a nossa categoria”: Cleverson Jose dos Santos

Ao longos dos últimos meses, a série “Conheça a nossa categoria”, desenvolvida pelo Sinditest em parceria com a CIS UFPR, buscou apresentar duas das diferentes profissões que compõem a carreira dos TAEs – a de pedagogo e a de técnica e técnico em assuntos educacionais. Hoje, encerramos a primeira temporada do projeto com a entrevista de Cleverson Jose dos Santos, que nos apresenta uma perspectiva diferente da atuação de pedagogo, fora do ambiente acadêmico como vimos  com os demais colegas. Desde  o ano passado, ele atua lotado no Complexo do Hospital de Clínicas. Confira o seu dia a dia nas linhas a seguir!

Qual é a sua formação profissional?

Cleverson Jose dos Santos: Eu sou licenciado em Geografia e em Pedagogia pela UFPR. Possuo especialização em Orientação Educacional e atualmente curso Mestrado em Educação no PPGE-UFPR.

Quanto tempo você atua no cargo na Instituição?

Cleverson Jose dos Santos: Ingressei recentemente na UFPR como técnico, em janeiro de 2020. Mas faço parte da comunidade acadêmica há 10 anos.

Como é a rotina na sua Unidade de lotação? 

Cleverson Jose dos Santos: A rotina na Unidade em si varia em função da atribuição de cada profissional ou cargo. No meu caso, minha rotina se divide em duas demandas específicas: os cursos de capacitação (que se destinam à ambos os vínculos) e a os afastamento para ações de desenvolvimento dos técnicos e das técnicas. A primeira demanda envolve o planejamento, desenvolvimento e avaliação de cursos que são propostos pelos/as profissionais do CHC. São cursos muito diversos, que exigem contato com profissionais de diferentes formações. Em alguns casos, é preciso estudo, pesquisa. Porque eu preciso compreender minimamente a temática envolvida, para então propor as sugestões e alterações necessárias do ponto de vista pedagógico.

Em relação à segunda demanda, exige um domínio do aspecto legal e normativo da PNDP (Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoas). Quando o/a técnico/a lotado/a no CHC se afasta para uma ação de desenvolvimento (eventos, mestrado, doutorado etc.) o processo passa por uma pré-análise na minha Unidade e então segue para a PROGEPE. Há também o levantamento anual e as revisões do PDP, que geralmente geram muitas dúvidas, não só por ser uma política nova e com alterações constantes, mas também porque no hospital há muitas chefias de unidade com vínculo EBSERH, as quais, eventualmente, desconhecem as normativas específicas para os/as técnicos/as. Essa realidade do CHC possuir dois vínculos com regramentos diferentes faz parte da rotina de quem trabalha com gestão de pessoas.

Quais as principais atividades que no seu dia a dia são fonte de satisfação profissional e quais são as principais fontes de frustração?

Cleverson Jose dos Santos: No geral, aquilo que apresenta uma dimensão criativa é objeto de satisfação. Eu gosto muito de criar e desenvolver cursos novos ou então daquele processo de afastamento cheio de desafios.

Em razão da pandemia, quase todos os cursos de capacitação passaram a ser ofertados na modalidade EAD (não é Ensino Remoto). Era novidade para quase todos no hospital e então havia a necessidade de qualificar os profissionais que ofertam os cursos. Estamos finalizando a primeira turma do curso “Tutoria em EAD na Capacitação de Profissionais de Saúde”, o qual tive oportunidade de organizar. Essa é a dimensão criativa do trabalho, que surge de acordo com o contexto.

Por outro lado, eu não gosto muito de algumas atividades mecânicas. Gerar centenas de dados para inscrição em um curso ou cadastrar os dados de centenas de certificados, por exemplo. Mas entendo que isso também faz parte do trabalho. Poderia ser 100% automatizado! hahaha

Como sua função/atividades se relacionam com o cotidiano da instituição?

Cleverson Jose dos Santos: Minhas atividades têm relação direta com uma dimensão pouco conhecida na maioria das instituições, inclusive na UFPR: o desenvolvimento institucional. A UFPR bem como o CHC-UFPR possuem instrumentos específicos de planejamento e desenvolvimento institucional, como o PDI, os quais devem orientar as ações institucionais. No meu entendimento, o desenvolvimento de pessoas é parte do desenvolvimento institucional. Sendo mais específico, as ações de desenvolvimento promovidas no CHC têm como objetivo último a melhoria da assistência em saúde: a medida em que o profissional é capacitado de forma permanente, melhores práticas serão produzidas no campo do trabalho. Isto é, trabalhadores e pacientes precisam ser beneficiados. Nesse sentido, minhas atividades estão conectadas a um aspecto específico do cotidiano dos hospitais universitários: a atenção em saúde.

Qual é a importância que você atribui ao desenvolvimento do seu trabalho?

Cleverson Jose dos Santos: Penso que é um trabalho de “formiga”. A instituição tem dimensões gigantescas: só no CHC são mais de 3.000 profissionais (somados os vínculos UFPR e EBSERH). Esse número dá uma noção das dificuldades. Então, é preciso pensar a importância do trabalho também em microescala. Nesse sentido, vejo que minha atuação enquanto pedagogo é importante no sentido de promover a articulação entre os/as diferentes profissionais.  Promover o diálogo é essencial no campo da educação, principalmente na educação não-formal. É o diálogo que permite identificar as demandas na capacitação dos/as profissionais e produz ações no sentido de superá-las. Essa postura também permite maximizar as ações dentro das possibilidades colocadas (já que capacitar a maior parte dos/as profissionais ainda é utopia). Em resumo é isso, enquanto pedagogo preciso estar preocupado em articular o trabalho e isso é relevante, principalmente em um hospital de alta complexidade.